O que aprendi com meus erros de decoração

Todo mundo comete erros de decoração.
Até os profissionais.

Muitas vezes, uma coisa que saiu errado acaba te apontando novos e melhores caminhos que você nunca teria pensado de primeira.

Mas às vezes, uma decisão errada é só uma c@gada mesmo.

O que aprendi com meus erros de decoração

Aprendi a não comprar por impulso

Há uns 300 anos atrás, quando a estrada ainda era de terra, eu fui passar férias em Visconde de Mauá.

Pensa numa chica feliz, fazendo altas caminhadas, encarando as águas geladas do Escorrega e se entupindo de pão de mel.

Foi aí que eu vi um tapete de tear lindo, todo colorido. Comprei.
Claro que o tapete não combinou com nada da minha sala e ainda por cima ficou pequeno.

Lição: Só compre peças de decoração para sua casa, principalmente as maiores e mais caras, depois que tiver um plano de decoração.

Decida o “mood” do ambiente e faça um “guia de compras” com foto e descrição detalhada das peças que você precisa comprar. Esta é a sua bíblia de decoração. Siga-a.

Aprendi a não pintar paredes sem testar a cor

A cliente queria um quarto com parede verde-bandeira para seus filhos pré-adolescentes. Topei na hora, afinal clientes ousados são o santo graal da decoração.

No mesmo dia escolhemos a tonalidade no leque de cores do fabricante de tinta, comprei a tinta e entreguei na mão do pintor. Uma demão na parede e parecia tudo lindo.

No dia seguinte, com a tinta seca, a realidade deu as caras. Ficou escuro, o verde-bandeira virou verde-floresta-sombria.

Lição: Compre uma amostra da cor escolhida e 2 outras alternativas mais claras.

Pinte folhas de papel de tamanho A3, pendure nas paredes e observe as cores em diferentes horários do dia durante 2 ou 3 dias antes de tomar sua decisão.

A Suvinil lançou o Kit Teste sua Cor com 2 ou 4 opções de cores. Não custa caro e vem pronta para usar com rolinho e tudo.

Foto via Style by Emily Henderson

Aprendi a não comprar todos os móveis de uma vez

Depois de sair da casa dos meus pais e morar em apartamentos semi-mobiliados (argh) durante 1 ano, resolvi dividir um apê com um amigo. Tá bom vai, namorado.

A gente era jovem e queria resolver logo o “problema”, que era: não ter móveis para chamar os amigos em casa.

Fomos em um shopping de lojas de decoração e na 1a loja que entramos compramos sofá, rack de TV e conjunto de mesa de jantar + 4 cadeiras.

Tudo de madeira marfim. Não me julgue, era o que bombava nos anos 90.

Depois de 1 mês eu não aguentava mais aquele mar de madeira amarelinha que deixava minha casa com cara de… flat semi-mobiliado (argh).

Lição: Conjuntinho é chato.

Um ambiente todo combinandinho, onde os móveis são todos do mesmo conjunto, as cores da mesma família, os acabamentos todos do mesmo material, é um ambiente sem personalidade.
[Tweet “Decoração é um processo. Compre seus móveis com calma e misture.”]
Misture móveis antigos e novos, madeira com metal, estampas e texturas. Sua casa vai ser única, uma expressão da sua personalidade e não um espaço saído de um catálogo de loja.

Aprendi a comprar sofá

Eu nem sempre fui designer de interiores. Depois de trabalhar séculos em multinacionais, juntei uma grana e comprei um apezinho.

Lá cometi muitos erros de decoração. Um deles foi comprar um sofá muito grande para o espaço que eu tinha.

Lição: Sofá confortável não é sinônimo de sofá gigante.

Eu queria um sofá confortável para ver TV e acabei comprando um modelo trambolho que desperdiçava centímetros preciosos com braços e encostos.

Marque no chão, com jornal e fita adesiva, a área que o sofá vai ocupar.

Verifique se a área que sobra é suficiente para outros móveis, abertura de portas e circulação de pessoas.

Aprendi a escolher tecido para estofados

Quando minha filha mais velha nasceu decidimos que ela teria um quarto montessoriano quarto bebe e dormiria em um futon.

Em 2008 eu já era designer de interiores e planejei o quarto da Clarice em todos os detalhes.

Chamei o Eduardo da Biofuton lá em casa com o mostruário dos tecidos e escolhi um algodão cru, cor de barbante.

Pula pra 2012. Agora grávida da Elisa eu, óbvio, decidi aproveitar o futon. Aquele. Cru, cor de barbante, com mancha de xixi, massinha e leite.

Lição: Escolha a cor e o tipo de tecido de acordo com o seu estilo de vida e das pessoas que usam o estofado.

Se você tem crianças e pets prefira tecidos duráveis (tipo lona ou jeans) em cores escuras, couro natural, tecidos para áreas externa tipo “acquablock” ou capas removíveis e laváveis.